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(Crédito: Marco Verch via Flickr)
Neste último domingo (21) o Ministério da Saúde informou que vai esperar até sexta-feira (26) pela orientação do Palácio do Planalto referente ao proceder para solucionar impasses nas negociações para aquisição das vacinas contra a COVID-19 dos laboratórios Janssen, do grupo Johnson & Johnson, e Pfizer.
As negociações começaram em abril do ano passado e, segundo a pasta, se encontram paralisadas por falta de flexibilidade das empresas.
“Queremos salvar vidas e comprar todas as vacinas comprovadamente efetivas contra o coronavírus aprovadas pela Anvisa. Desde abril de 2020, começamos a conversar com a Janssen e um mês depois com a Pfizer, mas as duas empresas fazem exigências que prejudicam interesses do Brasil e cederam pouquíssimo nisso, ao contrário de outros fornecedores”, disse Elcio Franco, secretário-executivo da pasta.
“Quarta passada (17.fev), diante dessas dificuldades e da Janssen e Pfizer não terem nos permitido avançar na compra das vacinas, remetemos um ofício à Casa Civil, que certamente buscará orientação junto a outros órgãos federativos e nos ajudará a encontrar soluções que extrapolam os limites legais do Ministério da Saúde”, continuou.
(Foto: Justin Tallis / AFP / CP)
De acordo com o Ministério da Saúde, o ofício encaminhado pela pasta à Casa Civil que as tratativas comerciais se encontravam seu progresso e que “em virtude das limitações jurídicas vislumbradas para a contratação em conformidade com a legislação brasileira, entende-se que a presente análise extrapola a capacidade do Ministério da Saúde em prosseguir com a negociação para contratação”.
No documento, a pasta diz ter explicado ao Planalto que minutas de contrato preparadas pela Janssen e pela Pfizer estão sob análise da Consultoria Jurídica do Ministério. Os profissionais elaborarão um parecer a ser enviado à Casa Civil na expectativa de que possa indicar soluções, informou.
De acordo com Franco, os dois laboratório fabricantes das vacinas, pedem ao Brasil, por exemplo, garantias de pagamento e se resguardam de eventuais efeitos graves que os imunizantes possam causar, entre outras dificuldades que nenhum outro fornecedor pediu.
“Queremos proteger todos os brasileiros contra a Covid-19 o mais rápido possível. Por isso esperamos pacientemente dias e dias pelas propostas da Janssen e da Pfizer, que imaginávamos, nos remeteriam ofertas em condições plausíveis, o que não aconteceu”, declarou.
O secretário afirmou que a minuta de contrato da Janssen chegou ao Ministério da Saúde no inicio da noite do dia 12 de fevereiro, e da Pfizer, 3 dias depois.
Franco e outros membros do Ministério se reuniram com representantes dos dois laboratórios na última sexta (18). Na reunião, a pasta disse que as propostas de venda feitas por ambas farmacêuticas, além de chegarem com relativa demora, impossibilitam prosseguir nas negociações há pelo menos 9 meses, mas agradeceu as ofertas e destacou que permanece o interesse do Ministério da Saúde em adquirir as vacinas, o mais rápido possível, o máximo de imunizantes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Vale lembrar que nenhuma das vacinas receberam autorização da Anvisa para uso emergencial.
VACINA DA PFIZER TEM 90% DE EFICÁCIA
A Pfizer anunciou que sua vacina experimental contra o novo corona vírus demonstrou ser 90% eficaz na prevenção do vírus com base em dados iniciais de um estudo amplo.
Esta eficácia de proteção ao vírus SARS-CoV-2 foi alcançada uma semana depois da segunda dose da vacina, e 28 dias após a primeira, divulgou o grupo americano em uma nota conjunta com a empresa alemã BioNTech.
(Foto: Dado Ruvic - 10.nov.2020/Reuters)
VACINA JOHNSON & JOHNSON TEM EFICÁCIA DE 66%
A Johnson & Johnson anunciou que seu imunizante de dose única contra a COVID-19 atingiu 72% de eficácia na prevenção do vírus nos Estados Unidos e alcançou uma taxa um pouco menor globalmente, 66% em teste mais amplo feito em três continentes e com variantes múltiplas da doença.
No teste, o nível de proteção contra casos graves e moderados de COVID-19 foi de 66% na América Latina e de 57% na África do Sul, onde uma variante particularmente preocupante do vírus está circulando.
O foco principal do estudo da Johnson & Johnson foi a prevenção de casos graves e moderados do novo coronavírus, e a vacina foi 85% eficaz em impedir uma doença grave e a hospitalização em todos os locais onde testes foram feitos e contra múltiplas variantes 28 dias depois a vacinação.
(Foto: Shutterstock)
POR: Tamiris Felix
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