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(Foto: Divulgação)
A Netflix está com alta expectativa com o lançamento do plano que contém anúncios, e prevê um faturamento superior ao do SBT e Record em inserções publicitárias e brigar de igual com igual com a Globo em cinco anos. Além disso, a plataforma aposta num crescimento de até 30% de seus ganhos com o advento do patrocínio.
O portal Na Telinha teve acesso a documentos internos de projeção financeira da Netflix, e dizem que a publicidade vai cobrir o rombo com a perda de assinantes. O serviço acredita que irá perder cerca de 500 mil usuários em 2023 e ficar abaixo dos 20 milhões pela primeira vez em dois anos. Os dados apontam que essa queda vai derrubar o faturamento em cerca de R$ 180 milhões ao longo dos próximos 12 meses.
No entanto, a Netflix está pensando grande e irá investir sem medo no mercado publicitário e criará planos diferentes para cada tipo de cliente. A ideia é ter propaganda tanto em conteúdos nacionais quanto internacionais, e haverá pacotes fechados para todos os grandes produtos da empresa, assim como os interessados poderão fazer publicidades pontuais numa única série ou mesmo em episódios específicos, com preços competitivos do mercado.
Séries nacionais terão um plano específico da Netflix, que irá garantir preço mais caro no pacote individual, mas com valores cruzados para empresas que fechem o valor. Por exemplo, na nova temporada de "Sintonia", com um preço mais alto, o anunciante poderá entrar em todas as temporadas da séries com desconto.
O mercado publicitário investiu cerca de R$ 1.7 bilhão na TV aberta em 2022, sendo que, 70% desse valor ficou com a Globo, segundo dados divulgados pela Mídia Market. A Netflix acredita que consegue entrar nesse cálculo e superar a Record e SBT no próximo ano. Mas nas contas da empresa, os dados são diferentes porque ela considera também parte dos R$ 950 mil valores investidos em internet e até R$ 210 mil da TV por assinatura.
No documento de projeção da Netflix, o mercado deve investir R$ 2.9 bilhões em publicidades que podem ser alcançadas pela empresa. Desses valores, espera chegar a 15%, ou seja, até R$ 450 milhões. Somente com o advento da insersão de anúncios, na comparação com a queda de assinantes, o streaming prevê crescer R$ 270 milhões.